Electronic Soul Community

Posted in Music with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , on June 14, 2008 by electronicstandards

Electronic Soul
Electronic Soul’s new community

Se você gosta de música de Alma e voltada para o Futuro, se você tem obsessão por estética sonora diferenciada e ao mesmo tempo tem um respeito incondicional pelos tesouros do passado, e melhor – se você gosta de música sem preconceitos de gêneros e datas, sejam bem vindos à nova comunidade ‘Electronic Soul‘.

If you are addicted to Soulful & Cosmic sounds, if you’re obsessed by a music esthetic based on identity and originality, if you have an unconditional respect for the past treasures and at the same time you’re willing to look for the future, and most of all – if you like music without any genre and date preconcepts, welcome to the new ‘Electronic Soul‘ community.

Facebook: The new fever

Posted in Uncategorized on June 9, 2008 by electronicstandards

Meio surpreendente esse tal de Facebook. Relutei durante muitos e muitos meses para entrar, muito embora recebesse convites aqui e ali. “É bem interessante”, me garantia Mark Archer do Altern 8, mas eu não quis acreditar muito.

Até que, uma bela noite, graças à sugestão de um amigo, montei meu profile. Tá, eu sei que isso não é muito novidade, já vem se alastrando há um bom tempo. O que impressiona é que, apesar de ser mais uma ‘rede de relacionamentos’, inscreveram-se pessoas como o lendário tecladista e produtor John Robie, o pioneiro da House Music Marshall Jefferson, além de Kerri Chandler, LTJ Bukem, Goldie, Seba, Kenny Larkin, Derrick May e cia. ltda.

John Robie Autor de produções para New Order, Cabaret Voltaire, Afrika Bambaataa e Planet Patrol: John Robie

Não que isso seja suficiente para o que quer que seja. Mas o fato é que, em meio a tantos features que não passam de bobagenzinhas, alguns proporcionam links e vizualisações interessantes, como por exemplo linkar Last FM, MySpace, DJ Chart ou inserir vídeos do Youtube no seu profile.

Dizem que lá fora ele veio para ficar, e hoje tem a importância que deveria ter o Orkut. Há, contudo, pelo menos um aspecto que funciona bem ali que nunca funcionou direito no Orkut: as comunidades. Aliás, nem o MySpace conseguiu resultado nessa área. Só a que diz respeito do planeta Plutão na área de ciências conta com mais de um milhão e duzentos mil inscritos.

Se você tem interesse em uma rede de relacionamentos com opções interessantes, aventure-se.

Links:

. www.facebook.com

Fera do Hip Hop inglês DJ Pogo fala das origens dos Breakbeats em entrevista ao ‘Electronic Music & Breakbeats Standards’

Posted in Uncategorized on May 26, 2008 by electronicstandards


Revealing the hidden secrets: DJ Pogo (UK)

Entre suas principais revelações estão a Octopus Breaks, primeira e lendária série de coletâneas dos DJs amantes de Breakbeats, as origens da cena de Hip Hop na Inglaterra e o momento em que o Jungle nasceu, ainda no fim dos anos 80 

O craque dos toca-discos e atual diretor do DMC Brasil DJ Pogo foi o entrevistado da semana pelo livro ‘Electronic Music & Breakbeats Standards’. Entre outras declarações incríveis, revelou que ‘Rappers’ Delight’ do Sugar Hill Gang, marco zero do Hip Hop em terras inglesas, liderou por seis semanas os charts, seguido de perto por ‘Christmas Rappin’ do Kurtis Blow que estourou meses após, em 1979; foi em 1983, contudo, que o movimento atingiu proporções sem precedentes com a vinda do Worlds Famous Supreme Team com apoio de Malcolm McLaren e direito a apresentações simultânea de quatro DJs em toca-discos, muitos scratches e backspins.

Octopus Breaks Vol 1 - Sessomatto
Octopus Breaks: a primeira grande série de Breaks, fim dos anos 70

DJ Pogo lembrou do impacto que tiveram a série de coletâneas Octopus Breaks (uma espécie de série-mãe para todos os amantes de Breaks) e anos após Ultimate Breaks & Beats na cena de Breakbeats e em outras cenas nos anos posteriores, entre Hip Hop, samplemaniacs, Hardcore Techno, Jungle, Drum n’ Bass e outros gêneros de Breaks. “Muitas das versões nas coletâneas da Octopus tiveram beats extendidos, portanto são diferentes das originais em sete polegadas”, contou. “Os Amen Breaks (do “Amen Brother”, faixa de Soul dos The Winstons de 1969 que está entre as mais sampleadas da história) foram acelerados, não são iguais aos da faixa original”, prosseguiu. Segundo o DJ inglês, a idéia de lançar a coletânea de bootlegs da Octopus no final dos anos setenta era tornar disponível em uma série com os hits dos melhores DJs de Hip Hop daquele período que eram dificílimos de se achar. A partir de 1986, inspirada na própria série da Octopus, foi criada pela Street Beat Records a série “Ultimate Breaks & Beats” que, com advento da popularização dos samplers, mudaria para sempre a história da dance music. (Leia mais sobre o tema em ‘Aesthetic Soul conta a história dos Breakbeats‘).


DJ Pogo’s brilliant repertory that includes a blend of Jazz, Soul, Funk, Disco, R&B, Rock and whatever you can imagine….

DJ Pogo se mostrou otimista com relação ao retorno do DMC no Brasil e elogiou muito o evento de abertura no Clash Club há cerca de dois meses. Descontraído, deu uma das mais impactantes declarações no final da entrevista ao afirmar que DJ Ron, dono de um dos grandes Sound Systems durante os anos oitenta na Inglaterra, teve a ousadia de tocar no evento do DMC ‘Welcome To London’ em 1988 simultaneamente uma faixa de Hip Hop e outra de Reggae em uptempo, dando pontapé no que se tornaria o Jungle. A entrevista completa você encontra no livro ‘Electronic Music & Breakbeats Standards’.

_________________________________________________________________________________________
ENGLISH


Talented Hip Hop DJ Pogo reveals the origins of the Breakbeats scene, from Hip Hop to Jungle / Drum n’ Bass on an interview for ‘Electronic Music & Breakbeats Standards’

Among Pogo’s most valuable revelations are the Octopus Breaks, the first & legendary Breakbeats compilation series, the origins of the Hip Hop scene in England and the very first moment when Jungle music was concieved, on the end eighties 

The genious turntables professional and current DMC Brasil director DJ Pogo made astonishing revelations on his recently interview for ‘Electronic Music & Breakbeats Standards’. Among other amazing declarations he revealed that ‘Rappers’ Delight’ from Sugar Hill Gang was Hip Hop’s first mark on the British lands as it leaded the charts for about six weeks, and few months ago, ‘Christmas Rappin’ from Kurtis Blow would be the second to reach the status of big hit back in 1979; even though, only some years after during 1983 that the movement got really popular during World’s Famous Supreme Team tour supported by Malcolm McLaren with amazing simultaneous four DJs performances under scratches & backspins.

DJ Pogo also remembered the huge impact on the Breakbeats scenes caused by the Octopus Breaks series and years after the Ultimate Breaks & Beats.  They caused together permanent changes on the Hip Hop scene, and on the following years, affected also the Samplemania era, as well as Hip House, Hardcore Techno, Jungle, Drum n’ Bass among other Breaks genres. “Grandmaster Caz & DJ Hollywood (among others) were all DJing back in the middle seventies, since about 1973 to 74 actually. These bootleg compilations got out on vinyl only about 1979, but have been around for a while. The bootleggers would find out what the DJs were playing and decided to do bootlegs of the records so everyone could have them. At that time, many DJs would cover the label so that no one would find out what they’d play. So the bootleggers would find out about these records and get them out on compilations”, revealed Pogo. Another very interesting revelation is the fact that these Octopus compilations had different versions from the original Soul-Funk hits from the seven inches. There, they would have extended beats and longer verions. For ‘Amen, Brother’, they speed up the drum breaks, so it’s not like the original seven on Metronome. ‘To Be Real’ from Cheryl Lynn had extended version as well”, he continued.


Octopus Breaks 12 Inch Vol. 8 featuring Manu DiBango:
The real first Breaks compilation series

From 1986 on, inspired on the older Octopus series, came out on the label Street Beat Records the Ultimate Breaks & Beats series. With the advent of cheaper sampler models, it changed forever the World of Dance Music and its many genres. (see the article ‘Aesthetic Soul Part I tells the story about Breakbeats‘).

With an expression of natural satisfaction, Pogo declares himself optimistic about the return of the DMC in Brazil after a successful DMC opening event at Clash Club about two months ago.  The author of the ‘Block Party Breaks’ I & II series made one of the most important revelations on the end of the interview for ‘Electronic Music & Breakbeats Standards’ about the origins of Jungle Music: “It started with a Beat Freak member called DJ Ron, he was into one of the big Sound Systems since the middle eighties. Ron would scratch and mix very good, he was already one of the best DJs in the UK on that decade and never got the proper credit for it. He did a ‘live DJ record’ in 1988 and on the same year, during the ‘Welcome To London’ DMC Party at the Hyppodrome that included several P.A.s, DJ Ron did a performance where he mixed a Reggae record with an uptempo Hip Hop record, and it brought the entire house down, it was the first Jungle ever! Rebel MC was his MC, he also performed on that event as well as me, Cutmaster Swift and Shut Up & Dance”. (The complete interview content will be available on the book ‘Electronic Music & Breakbeats Standards’).


DJ Pogo @ DMC Brasil Opening Party, Clash Club, Sao Paulo

Links:

. DJ Pogo

. DMC Brasil

. Brasil Ganha Etapa no DMC World Championship 2008 

. Aesthetic Soul conta a história dos Breakbeats

 

Orgue Electronique live brilha no evento de aniversário do Manga Rosa no Autódromo de Interlagos

Posted in Uncategorized on May 13, 2008 by electronicstandards


Orgue Electronique live (Bunker / Crème Organisation, Holanda) no evento de aniversário do Manga Rosa no Autódromo de Interlagos, 10.05.2008: uma das experiências mais emocionantes que vivi como profissional.

Em uma cena amplamente dominada por desgastes de fórmulas musicais, o termo inovação parece, pelo menos em termos de dance music, irremediavelmente distante da nossa realidade. Contudo, alguns combos interessantes permanecem. Desafiam a lei das ondas de massificação, os blockbusters ou o status quo dos ‘mais votados do ano’. Não prestam contas, pelo contrário, buscam caminho próprio.
Muitas vezes, esse caminho é feito de elementos reconhecíveis para quem tem amplo conhecimento do passado, mas a combinação faz a diferença, já que através dela, vem a identidade.

Na última década, a cena underground da Holanda trouxe uma interessante safra de talentos, baseada em referências que vão da House feita pelos pioneiros de Chicago à Disco cósmica dos Italianos na década de neon, o Electro, o Industrial e o Techno de Detroit.
Foi neste cenário que despontaram selos como Clone, Bunker e Crème Organisation, cujos artistas se tornaram referências em termos de música dançante de qualidade.

Com o intuito de mostrar qualidade e programação musical diferenciada, FMAM Crescendo e o clube Manga Rosa trouxeram ao Brasil Brian Chinetti A.K.A. Orgue Electronique, um dos mais importantes nomes da cena eletrônica holandesa de dez anos pra cá. Parceiríssimo de Legowelt, Brian Chinetti, embora conhecido na Europa, nunca tinha se apresentado por aqui. O alto nível de expectativa era portanto, natural.

Quando percebemos que o público não arredaria o pé do seu live no Autódromo de Interlagos antes das oito da manhã (ele entrou seis e meia), um sorriso de extrema satisfação nos veio ao rosto, afinal, a nossa maior missão de procurar proporcionar música de qualidade ao público independente do seu grau de familiaridade com o artista em questão estava cumprida. Investir em artistas de alma, cuja essência é antes de tudo música (e não dinheiro) nunca foi tarefa fácil. Se o artista não caiu nas graças da deslumbrada mídia brasileira, a tarefa torna-se ainda mais árdua.

Nós da FMAM Crescendo tomamos a decisão de investir e apostar nestes talentos baseados no repertório musical diferenciado, independente da imagem que cada um deles tivesse no Brasil. Muitas vezes, tinham pouca ou nenhuma. É como o prazer de descobrir um tesouro escondido e revelá-lo aos ouvidos ávidos por fugir do império dos clichês e das obviedades sonoras. Ficam os nossos parabéns ao Clube Manga Rosa por apostar no Orgue Electronique conosco.

Videos do Orgue Electronique na festa do Manga Rosa:


Orgue Electronique @ Festa Aniv. 9 Anos do Manga Rosa, Autódromo de Interlagos (Parte I)


Orgue Electronique @ Festa Aniv. 9 Anos do Manga Rosa, Autódromo de Interlagos (Parte II)

Links:

. Orgue Electronique

. FMAM Crescendo

. Clube Manga Rosa

Brian Chinetti A.K.A. Orgue Electronique é atração do evento de aniversário do Manga Rosa no Autódromo de Interlagos hoje

Posted in Music, Uncategorized on May 10, 2008 by electronicstandards


Brian Chinetti A.K.A. Orgue Electronique (Holanda)

Se você ainda não teve a oportunidade de conhecer o incrível trabalho do holandês Brian Chinetti A.K.A. Orgue Electronique, siga o passo a passo abaixo e entenda o motivo de você não poder perdê-lo no evento de hoje. Ele é atração da festa de aniversário do clube paulistano Manga Rosa no Autódromo de Interlagos.

Nome: Brian Chinetti, also known as Orgue Electronique

Estilo Musical: Mélange que vai de elementos de Acid House, Electronic Disco / Italo Disco e o Techno de Detroit.

Primeiro hit: “The Eye That Never Sleeps” pela Bunker, que lhe rendeu reconhecimento e respeito da cena underground internacional.

Selos pelos quais já lançou suas (incríveis) produções: Crème Organisation, Bunker, Dance Maison

Parceiro de estúdio incondicional: Danny Wolfers A.K.A. Legowelt em projetos como The Chicago Shags, Legowelt vs. Orgue Electronique e Macho Cat Garage.

Por que você nao deve perdê-lo: porque sobram requisitos tão indispensáveis (e tão em falta) nos dias de hoje – identidade e qualidade musical.

Onde: no aniversário do Manga Rosa no Autódromo de Interlagos, sábado agora 10.05.2008. Orgue Electronique live fecha o evento.

_________________________________________________________________________________________

ENGLISH

SSystem
Inside Brian Chinetti A.K.A. Orgue Electronique’s studio

If you didn’t have the oportunity to hear the amazing music from the Dutch artist Brian Chinetti A.K.A. Orgue Electronique, you should follow the step by step info below and discover how special will be the party tonight. Orgue Electronique is on Manga Rosa’s birthday party line up at Interlagos Race Track, Sao Paulo, Brazil.

Name: Brian Chinetti, also known as Orgue Electronique

Music: Mélange ensemble from early Chicago underground to Acid House, Electronic Disco / Italo Disco and Detroit Techno influences.

First hit: “The Eye That Never Sleeps” on Bunker which granted him recognition and respect on the international underground electronic scene.

Labels: Crème Organisation, Bunker, Dance Maison

Unconditional studio partner: Danny Wolfers A.K.A. Legowelt on projects such as The Chicago Shags, Legowelt vs. Orgue Electronique & Macho Cat Garage.

Why you cannot miss him tonight: Because after all, he has always had the so-called essential principles of ‘Identity’ and ‘Quality Music’.

Where: On Manga Rosa’s birthday at Interlagos Race Track, this saturday 10.05.2008. Orgue Electronique will perform at the closing of the event.

Video:

Links:

. http://www.bunker-records.com/orgue-electronique

. http://www.orgue-electronique.nl

.http://www.sternstudio.com

. http://www.myspace.com/orgueelectronique

Ghetto Luxo traz como convidado DJ Robson

Posted in Electronic, Music, Uncategorized, Underground Music on April 30, 2008 by electronicstandards

Graças à coragem e à iniciativa de personagens chave, a cena Underground resiste

Por mais pessimista que seja a opinião de alguns, a cena Underground permanece de cabeça erguida. Prova disso é a próxima edição do belíssimo Ghetto Luxo, evento organizado pelos cabeças Fly, fundador e residente do Cassimira, e Felicio Marmitex, DJ e jornalista. Merecidos parabéns são devidos a eles e ao clube que tem demonstrado força e ousadia em eventos alternativos diferenciados, o Audio Delicatessen (que também tem entre suas noites fixas a Ziriguidrum, grande destaque da cena de Drum n’ Bass atual).

DJ Robson (FMAM Crescendo): Aesthetic Music, Electronic-Soul

Entre os convidados, um DJ que dedicou a sua vida à perspectiva musical ‘sem fronteiras’ com raízes fincadas no Jazz, Soul, Funk e na música eletrônica underground: DJ Robson. Membro do coletivo Aesthetic, residente da noite itinerante Detroit Flavors e do projeto Dançando Na Rua, o DJ da FMAM Crescendo não hesita em transitar pelo Cool Jazz de Miles Davis, as improvisações do sax tenor de John Coltrane, o fusion de Alphonse Mouzon, o Soul de James Brown, o Hip Hop de Kurtis Blow, e ao mesmo tempo o futurismo sofisticado de Derrick May, Larry Heard e os lados mais dark e experimental da música eletrônica alternativa.

Duas figuras conhecidíssimas da cena de House e Techouse Paulistana completam o line up de convidados especiais: o duo 2PasTime dos DJs Mr. Gil e Mimi, que serão responsáveis por um set de clássicos e contemporâneos da House Music em suas principais variações, tendo como influência principal a cena de Chicago. Não perca a próxima edição do Ghetto Luxo, que merece de antemão o carimbo de ‘Qualidade Total’.

Flyer do Ghetto Luxo: DJ Robson como convidado especial

Confira o vídeo do DJ Robson no Cassimira

Links:

. MySpace DJ Robson (FMAM Crescendo)

. Agência FMAM Crescendo

. DJ Fly (Cassimira)

. Fotos dos eventos no Cassimira

. Audio Delicatessen

Acid House: Significado Profundo

Posted in Uncategorized on April 26, 2008 by electronicstandards

Vinte anos após o Summer Of Love (1988), a mídia relembra o período da Acid House Music

Duas décadas após o ‘Verão do Amor’ europeu, as pessoas relembram a história da Acid House que transformou a cena eletrônica internacional no fim dos anos oitenta. Em homenagem a isso, redigi um pequeno ensaio a respeito de como foi o meu ingresso neste tão admirado período……………

Sonho de consumo: 12″ picture de ‘Ecstasy Club – Jesus Loves The Acid’ (1988 )

1989.

O ano que mudou a minha vida. Sempre tive emaranhado nas entranhas do extenso e infindável universo musical, mas foi ali que comecei a entender melhor alguns gêneros da música eletrônica e me apaixonar por eles. Apesar de ter acesso apenas um ano após o ápice desta cena na Inglaterra, me sinto um pouco inglês, porque a Acid House (assim como a cena de Street Jam no início dos oitenta) mudou a minha vida.

Acid House

No Music Box, em 1985. Nos lançamentos pela Trax, só a partir do ano seguinte. Consolidação na cena Européia e Mundial, em 1988, por sinal, considerado o melhor ano do gênero. No Brasil, duvido que alguém tivesse verdadeiramente familiaridade com o lado underground antes de 1989. Exceto, é claro, os redutos. Malícia de quarta, com MS e Mau Mau.

Até a mim, chegou, assim como o Techno de Detroit e a House Music, em 1989; todavia, não pela vias normais: quando descobri que um amigo francês tinha amizade com um Belga fã de New Beat e Acid House, perguntei se ele nao poderia pedir encarecidamente para que o amigo gravasse dois tapes do que havia de melhor na época. Entreguei os tapes, ele gravou, sem saber que era para mim, e não para o amigo, e quando soube, ficou furioso. É como se tivesse adentrado os portões do desconhecido sem pedir permissão.

O início de tudo: ‘Acid Trax’ do Phuture, feita em 1985, lançada 2 anos após

Duplinha K7

Tratava-se de DJ set anônimo. No lado A, ‘Ecstasy Club – Jesus Loves The Acid’ emendado na seqüência de ‘Bassline Boys – Warbeat’ (New Beat de perfil politicamente duvidoso que trazia samples de Churchill e Hitler), trazia uma atmosfera penetrante, ácida e hipnótica que não me lembrava de ter ouvido antes. O hit do Ecstasy Club foi devastador em toda a Inglaterra, assim como França, Bélgica, entre outros países da Europa na época. Em sua abertura, o discurso do falecido Papa João Paulo II em Killineer por conta dos conflitos religiosos na Irlanda dia 29 de outubro de 1979. Minutos após, ainda no primeiro lado, ‘M-D-Emm – Get Acidic’, outra apoteose acido-hipnótica lançada pela Transmat em 1989.

As mixagens eram constantes, curtas e precárias. Dali em diante, só canudo: ‘Mr. Lee – Pump Up Chicago’, Tyree nos seus brilhantes lançamentos ‘Video Crash (Instrumental)’, que ele próprio fez em protesto ao fato do Lil’ Louis ter lançado com o seu nome o ‘Original Video Clash’ do Marshall Jefferson (também presente na fita), ‘Acid Over’ (cuja melhor versão disparada é a do piano), a sua versão para ‘Cool House – Rock This Party Right’ e seu remix para ‘Victor Romeo – Acid Rain’

O sombrio ‘Where Is Your Child?’ do Bam Bam , do alto do seu drop pesadíssimo, assim como ácido futurista-espacial de ‘Phuture – We Are Phuture’ (projeto do DJ Pierre com Earl Spanky e Herbert J. e vocais do Darrel Lewis) foram choques imediatos. Quer mais? ‘Hot Hands Hula-Hot Hands’ com co-produção de Lydell Townsell e Maurice Joshua (o mesmo de ‘I Gotta Big Dick’); os 303 acid squealches em crescendo de ‘Machines’ do Laurent X, ‘Shout – Cool & Dry’ do Jack Frost & The Circle Jerks, projeto do Adonis, a loucura de ‘Sleezy D. – I’ve Lost Control’ , grande inspiração do Green Velvet; ‘151’ do Armando e as super parcerias de Lidell Townsell e Kool Rock Steady em ‘I’ll Make You Dance’, o mesmo Kool Rock com Maurice Joshua em Feel The Mood’ (também autor de ‘This Is Acid’, cuja versão tocada aqui foi a do Les Adams), e de novo Maurice com ‘I Gotta Big Dick’ foram outros destaques, e mais uma lista que parecia infindável.

Foi com este TB-303 da Roland que Adonis fez as linhas de baixo ácidas de “I’ve Lost Control” (1986)

Sem saber, abriram-se para mim as portas da cena 303 de Chicago. Alguns Britânicos que despontaram no período também estavam presentes nas fitas: Brian Dougans do The Future Sound Of London, então com o seu projeto solo Humanoid, com ‘Stakker Humanoid’ e ‘Cry Baby’, o pioneiro Eddie Richards com ‘Jolly Roger – Acid Man’, (título que valeu o apelído homônimo a um grande amigo meu, Sylvain Justum, expert em Acid House), entre outros. Enfim, era só cacetada. Demais para a época.

As fitas, ouvidas durante anos à exaustão, também incluíam o Detroit Techno de Inner City com ‘Big Fun’, muito New Beat, Electronic Body Music e Industrial em seu repertório. Foi por essas e outras que eu cheguei à conclusão de que em 1989 eu era um jovem em idade impressionável. As vezes ainda me sinto ‘Stuck in 1989’.

‘Stakker Humanoid’, do Brian Dougans, era a prova de que no outro lado do Atlântico (leia-se Inglaterra) tinha gente talentosa na cena de Acid House

Links:

. DJ Pierre (Phuture): http://www.myspace.com/djpierresafroacidproject

. Adonis: http://www.myspace.com/adonis303

. Tyree: http://www.myspace.com/tyreecooper02

. Lydell Townsell: http://www.myspace.com/lidellt

. Maurice Joshua: http://www.myspace.com/mauricejoshua

. Brian Dougans: http://www.myspace.com/stakkerhumanoid

Videos:

Phuture – We Are Phuture (1988 )

Humanoid – Cry Baby (1989)

Laurent X – Machines (1988 )

Tyree – Video Crash (Instrumental) (1988 )

Ecstasy Club – Jesus Loves The Acid (1988 )

Lydell Townsell & Kool Rock Steady – I’ll Make You Dance (1988 )

Sleezy D. – I’ve Lost Control (1986)

Hot Hands Hula ft. Maurice Joshua & Lydell Townsell – Hot Hands (1988 )

Maurice – This Is Acid (S&T Mix) (1988 )

Liaisons Dangereuses produziu segundo álbum jamais lançado, diz Beate Bartel

Posted in Uncategorized on April 24, 2008 by electronicstandards

Lenda da música eletrônica Liaisons Dangereuses decidiu não lançar o que seria seu segundo álbum por pura aversão ao hype da indústria fonográfica

É difícil de acreditar, eu sei. A genial formação que revolucionou a música eletrônica em 1981 com o álbum homônimo Liaisons Dangereuses e o hit Los Niños Del Parque se recusou a lançar o seu segundo título por repulsa a qualquer tipo de ascensão profissional ou social.

Recentemente, entrevistamos a membra do trio Liaisons Dangereuses Beate Bartel para o livro ‘Electronic Music & Breakbeats Standards’, que nos revelou histórias impressionantes. Beate era produtora e vocalista do trio ao lado de Chrislo Haas, produtor, e Krishna Goineau, compositor e cantor. Antes de integrar o L.D., formou a banda super experimental de Rock Mania D, e quase que no mesmo período, a banda de Industrial Einstürzende Neubauten.


Revolucionário: Liaisons Dangereuses – Liaisons Dangereuses (1981)

A senhora Bartel, que no vídeo do live abaixo fez os backing vocals em “Los Niños Del Parque”, sempre se interessou por sons. Durante sua juventude, não gostava de quase nada que ouvia. Foi quando decidiu se tornar engenheira de som, em 1975. “A música continuava não sendo o meu interesse principal, mas sim os sons”.

Algumas exceções, como Throbbing Gristle, considerado pai do Industrial, e D.A.F. (Deutsch Amerikanische Freundschaft), banda que apoiou e cujos membros diviu o próprio flat, lhe faziam a cabeça. Em abril de 1980, conheceu Chrislo Haas e se mudou com ele do lado ocidental de Berlim para a Republica Federal da Alemanha (a então Alemanha Ocidental). Formaram uma dupla e fundaram o Liaisons Dangereuses e pouco tempo após o vocalista e letrista poliglota Krishna Goineau integrou o projeto.

Em 1981, gravaram o primeiro álbum de título homônimo que revolucionou os parâmetros da dance music e cujo impacto se sente até os dias atuais. Sua perspectiva era única, extremamente original, baseada em novos timbres, combinaçao inusitada entre temas, interpretações de vocais, ritmos e sonoridades sintéticos. O resultado não foi menos do que um lugar permanente na história da música eletrônica: o super hit “Los Niños Del Parque” foi relançado nove anos após seu lançamento em novas versoes pela Mute e persiste nas pista de dança até hoje; “Peut Être… Pas” foi sampleado pelo herói do Techno Carl Craig em ‘B.F.C. – Galaxy’ (1990); ‘Avant Après Mars’ reproduz as profecias de Nostradamus, enquanto ‘Kess Kill Fê Show’, jogo de palavras para Qu’est-ce qu’il fait chaud (expressão francesa cuja tradução é ‘como está calor!’ é uma sátira sobre o dia a dia dos legionários da Legião Estrangeira no deserto. ‘Être Assis Ou Danser’, que também faz parte do EP, conta de forma hilária a história de um menino que não ‘conseguia parar de dançar’ (“C’est l’histoire d’un garçon, qui ne pouvait pas arreter de danser, oh-oh-oh”), e a sua abordagem é tão original quanto toda e qualquer outra faixa do álbum, inclusive a engraçadíssima ‘El Macho Y La Nena’ e a experimentalíssima ‘Dupont’. Absolutamente todas as faixas do referido álbum são quebra-parâmetros.

Lamentável, o falecimento de Chrislo Haas em 2004 em decorrência de uso acentuado de bebidas alcoolicas impossibilitou quaisquer possibilidades de se ver um live do Liaisons Dangereuses, ou de terem enquanto artistas o justo reconhecimento por tudo o que fizeram (o álbum homônimo é um dos mais influentes e mais sampleados da história).

Beate Bartel é o tipo de mulher que fez a diferença. Assim como seus companheiros de Liaisons Dangereuses (Chrislo Haas e Krishna Goineau), cravou o seu lugar no panteão da música eletrônica. Jamais pegou carona em hype ou se esforçou para fazer parte de um. Não quis ver as suas fotos estampadas em revistas ou jornais, e nunca foi chegada a entrevistas. Através da sua obra musical e de de seus projetos, será sempre lembrada, assim como seus dois amigos.

Agradecemos do fundo do coração a gentileza de nos ter concedido de forma excepcional uma entrevista para o ‘Electronic Music & Breakbeats Standards’ (a versão completa estará no livro).

_________________________________________________________________________

ENGLISH

Legendary Electronic Music band Liaisons Dangereuses did not release a 2nd album to keep their essence underground

It’s really hard to belive. The genious project responsible for a revolution on the world of electronic music with the 1981 homonym album Liaisons Dangereuses and the hit Los Niños Del Parque amazingly refused to release the next long play.

We recently interviewed Liaisons Dangereuses‘ member Beate Bartel for the book ‘Electronic Music & Breakbeats Standards’, and she revealed a very impressive amount of information. Beate was a producer, sound enginer and vocalist on the legendary trio with Chrislo Haas (producer) and Krishna Goineau (vocalist and lyrics composer). Before being part of Liaisons, Beate was part of the experimental Rock band Mania D, and on the same period (around 1980), she engaged on the Industrial band Einstürzende Neubauten.


Essential woman on electronic music history: Beate Bartel (Liaisons Dangereuses)

Madame Bartel, who did the backing vocals on “Los Niños Del Parque” on the video below, was always interested in sounds. During her youth, she did not like almost everthing she used to hear, which is most certainly behind her decision to become a sound engineer, in 1975. “So Music still not interested me, but the sound that came out of it”, she confessed.

Of course there were some exceptions to that rule, such as Industrial pioneer band Throbbing Gristle and D.A.F. (Deutsch Amerikanische Freundschaft) which was made of friends of her. In april 1980, she met Chrislo Haas and they left West Berlin to the West Germany city of Düsseldorf. Together they created Liaisons Dangereuses which was also joined by the polyglote, singer and lyrics composer Krishna Goineau.

In 1981 came out their first album with homonym title that would settle a revolution on the dance music world forever; its impact is still felt today. There was no pre-conceived concept or planning, though their music was unique, extremely original and based on ground breaking music ensemble – from timbres, to themes, vocais interpretations, rhythms and sounds, of course.

The result was no less than a permanent place on electronic music’s history. “Los Niños Del Parque” became an instant hit and influenced countless music heads since then. As a natural result, it was released more than once after that, including the Mute pressing nine years after it was created (1990). “Peut Être… Pas“, later sampled by Detroit Techno producer Carl Craig on ‘B.F.C. – Galaxy’ (1990) had a fantastic combination of futuristic & synthetic grooves; ‘Avant Après Mars’ brought on a very original environment a theme about Nostradamus’ prophecies, while the trick words title ‘Kess Kill Fê Show’ (which means the French expression ‘Qu’est-ce qu’il fait chaud’ (for ‘How hot it is!’) is a satyre about the Foreign Legionnaries’ life on the desert. Also included on their EP, ‘Être Assis Ou Danser’ tells a hilarious story about ‘a boy that just couldn’t stop dancing’ (as you can notice on the lyrics “C’est l’histoire d’un garçon, qui ne pouvait pas arreter de danser, oh-oh-oh”) under a perspective as ground breaking as any other masterpiece of the album – the non less humurous ‘El Macho Y La Nena’ (The Male And The Chick) and the deeply experimental ‘Dupont’ included. The ensemble made as a result an unparalleled album, among the most influent and sampled all time.

The unfortunate death of Chrislo Haas in 2004 as a result of alcohol ended with any possibility of a Liaisons Dangereuses live after it, as well as them as a whole having the recognition for the ensemble of their music they deserve today.

Beate Bartel is the kind of woman that stood the test of time, though. Just like her Liaisons Dangereuses (Chrislo Haas e Krishna Goineau), Mania D or Einstuerzende Neubauten partners, she found her place on the great electronic music pantheon. At the same time, she always kept herself away from the hype, and always dislike the idea of seeing pictures or interviews about them all around. Through her extraordinary music and partnerships, she will always be remembered, as well as her friends. We thank her deeply for the kindness of granting us an interview for ‘Electronic Music & Breakbeats Standards’.

.

Beate Bartel’s first band Mania D: experimental Rock

“Los Ninos Del Parque”, timeless underground dance hit from Liaisons Dangereuses (1981)

Liaisons Dangereuses'”Avant Après Mars” brings on Nostradamus’ prophecies (1981)

“Mystère Dans Le Brouillard” explores stranges atmospheres under the theme ‘Mystery On The Fog” (1981)

Links:

. MySpace Liaisons Dangereuses: http://www.liaisonsdangereuses.de

. Website Liaisons Dangereuses: http://www.myspace.com/liaisonsdangereuses

. MySpace Beate Bartel: http://www.myspace.com/bartelbeate

. MySpace Einstuerzende Neubauten: http://www.myspace.com/neubauten

. Website Einstuerzende Neubauten: http://www.neubauten.org/

Colin Dale & Kiss FM: ‘It’s All About The Radio’

Posted in Uncategorized on April 17, 2008 by electronicstandards

Colin Dale: UK Hero

A história da relação entre artistas, rádios e o público já proporcionou capítulos emocionantes até para os inverterados apreciadores de música de qualidade, independente de gênero. A entrevista da lenda Colin Dale no vídeo abaixo é um exemplo brilhante disso: à frente da Kiss FM desde 1983, nos deixou um legado de cerca de duas décadas de excelência sonora. Foi um dos principais entusiastas e articuladores da cena eletrônica de seu país, e o seu programa periódico na Kiss um dos mais influentes. Entre outros méritos, trouxe incontáveis artistas aos ouvidos de públicos crescentes…

“Nós não tocávamos os que as pessoas esperavam ouvir, não tínhamos seleções pré-definidas, e essa atitude foi muito importante. Dávamos toda a liberdade de escolha aos convidados que se apresentavam no nosso programa.” (Colin Dale)

(Confira o vídeo abaixo)

ENGLISH

Abstract Dance ministry: Colin Dale

The history of the relationship between the artists, the radios and the audiences had already granted some memorable episodes, regardless the musical genre we’re talking about. Colin Dale ‘s interview on the video below is a brilliant example. Defending Kiss FM since 1983, he left us a legacy of more than two decades of sonic excellence. During the period, he has always been one of the greater enthusiasts of the underground electronic scene of his Country (U.K.) and has brought countless artists to the ears of large growing audiences…

“We didn’t play exactly what people were expecting to hear, we did not have any playlist, that was quite important. We left the freedom of choice to the DJs that played there.” (Colin Dale)

Video:

Links: http://www.myspace.com/abstraktdance

Aesthetic Soul Podcast (Vol. II)

Posted in Uncategorized on April 14, 2008 by electronicstandards

Após um feedback bem interessante do primeiro episódio de ‘Aesthetic Soul‘, entra no ar o segundo volume da série Aesthetic Soul a respeito da história dos originais que serviram de base para samples de beats, arranjos e vocais para todos os gêneros imagináveis, de Hip Hop a House, Techno, Hardcore, Jungle, Drum n’ Bass, entre outros gêneros de Breakbeats.

Aesthetic Soul Podcast Vol. II‘ traz em sua abertura o original de ‘A Tribe Called Quest – Bonita Applebum’ , entre outras preciosidades. O repertório inclui também uma raríssima do Herbie Hancock que, segundo declarou certa vez o multi talentoso artista Kirk Degiorgio, teria sido “a primeira faixa de Techno jamais feita”, gravada no Japão em pleno ano de 1974. A ‘Afrodelia’ Soul de Oneness Of Juju e os vocais eternos de Sinnamon são outras das que compoem a seleção do programa. Boa audição!

__________________________________________________________________________________

ENGLISH

Aesthetic Soul Podcast Vol. II continues the journey of the history of samples

(featuring a 1974 hard to find from Herbie Hancock)

After a very intresting feedback from Aesthetic Soul’s first episode, we honorably announce the second chapter from Aesthetic Soul series which are mean to bring part of the originals that have been sampled by so many different music genres, from Hip Hop to Drum n Bass, House, Hardcore Techno, Jungle, among others.

Aesthetic Soul Podcast Vol. II‘ featuring on its ouverture the original from A Tribe Called Quest – Bonita Applebum’ , among other amazing treasures. The repertory also includes one legendary from Herbie Hancock that was, according to Kirk Degiorgio‘s words, the ‘”First Techno tune ever'”. Oneness Of Juju’s Soul Afrodelic experience and the legendary vocals from Sinnamon are also part of this special tracklist. Enjoy the listening!

Thanks to my love ‘Pam Pam’ & to our partners: FMAM Crescendo (Sao Paulo), FMAM Crescendo (Berlin), Killa Records Brasil, Sabotagem.org, Clash Club, Crescendo Produções, Kraft

Thanks to the friends, allies and honorable artists that supported us and (or) gently conceived us amazing interviews: Mad Mike & Underground Resistance, Submerge Headquarters, Abdul Haqq, Adonis, Boyd Jarvis from Visual, Chris Carter (Throbbing Gristle), Colin Dale, Cosey Fanni Tutti, Dan Physics, Davi Killa, Derrick May, DJ Andre Bacon, DJ Byte, DJ Marky, DJ Pierre (Afro Acid), DJ Robson, Fabrice Lig, Frankie Bones, Graham Massey from 808 State, K-Alexi Shelby, Kenny Larkin, Kirk Degiorgio, Legowelt, Lenny Dee, Luzinha, Man Parrish, Marco Oliveira, Mazinho, Mark Archer, Marshall Jefferson, MindReflex, Cozmo D & Newcleus, Rafael Moraes, Renaat Vandepapeliere (R&S Records), Richard H. Kirk (Cabaret Voltaire), Rodrigo Barney, Steel Life, Sylvain Justum, Taho